sábado, 19 de setembro de 2009

Concurso de contos - que vença a melhor

A Biblia
Dany Gomes


- CHA-VEI-RO. CHA-VES-NA-HORA. LA-VAN-DE-RI-A. PA-DA-RI-A.

Conte até vinte e oito. Um, dois, três, quatro...

- PRE-FE-REN-CI-AL

Paciência, ele está aprendendo, respire fundo.

- A-BER-TO-24-HO-RAS.

- Puxa, você está ficando craque!

- E não é?

- Cada vez melhor! Agora, me conte, o que vamos fazer nesse fim de semana?

O negócio era puxar papo. Qualquer assunto que fizesse ele conversar ao invés de ficar soletrando tudo que via na frente.

Ela sabia que tinha que ter paciência, que ele estava fazendo grandes avanços. Mas aquela falação toda no seu ouvido, enquanto o trânsito estava praticamente parado estava enlouquecendo-a.

- Papai, me conte de novo quando foi que decidiu aprender a ler.

Era preferível ouvir aquela história pela enésima vez do que o eterno soletrar.

- Ah, minha filha, deixa eu te contar tudinho!!

- Quando sua mãe era viva, toda noite a gente sentava na frente da lareira, depois que a louça do jantar estava lavada e guardada. Aí ela colocava a Bíblia no colo, abria numa página qualquer e lia um trecho para mim. Eu ficava encantado de ver como ela era esperta! E a gente conversava sobre aquele versículo, e ela sempre me explicava de um jeito que era fácil de entender. Depois que ela me deixou aqui sozinho, você acredita que o que eu mais senti falta foi dessa hora de ler a Bíblia? Pois então, depois de um tempo sofrendo de tanto lembrar, pensei que podia aprender a ler, e aí eu mesmo ia poder ler. Não vai ser a mesma coisa de ficar ouvindo aquela voz dela, mas é um jeito, né?

- É pai, foi uma ótima ideia sua, e muito legal o senhor fazer isso a essa altura da vida. É muita linda essa sua história.

- E não é?

Pensando na pequeneza da sua falta de paciência diante da grandeza daquela história, deu um longo suspiro, enquanto ouvia;

- FO-TO-GRA-FI-AS-EM-CIN-CO-MI-NU-TOS....

sábado, 25 de julho de 2009

Adeus 'amigo'



A boca ressequida estava de tanto sibilar mentalmente cartas de gente que nunca sonhara conhecer, sentia imenso prazer em entreolhar letras, linhas, parágrafos e atravessar travessões de tantos desconhecidos desse pequeno mundo vívido e luzido de papel branco, tinta negra e pontos finais sem fim.

Mania, assim definiras tal jeito próprio de ser, mania de ser seja quem fosse, de fingir ser normal numa terra de loucos que viviam pouco, mas viviam como queriam. Vagavam todos trombando uns aos outros, tapando o ouvido para aquilo que parecia importante e imponente, mas despercebido passava já que tempo não era o forte de quem trombava com tudo que estranho fosse até que transformasse em normal e simplesmente passasse pelos olhos de qualquer um como comum.

Foi amando que tornou-se grande, com sentimento de querer bem outrem leu
num canto de carta jogado ao chão a oportunidade de mudar de vida, uma vida sem regalias, regada a muita emoção, muito choro, muito riso, muito amor de outros pra outros. Roubaria de todos a chance de dizer por letras o que achavam belo num envelope pardo colado com uma lambida simples na aba, selada como um segredo que desvendado seria apenas pelo destinatário. Assim esperava ser, pobre remetente, jamais receberia a resposta, sua mensagem parara nas mãos de um apaixonado pela vida incomum dos humanos.

Saqueava carteiros em busca de algo novo, alheio. Vivia absorto em muitas histórias inacabadas, absorvia de muitos o direito de pontuar finalmente com um ponto final, feliz dizia-se a única pessoa comum num mundo de doidos, vangloriava-se de admitir curiosidade pela vida do próximo e não se envergonhava em interceptar essas vidas e passar horas tentando desenhar na mente tudo o que passou a moça que escrevera ao namorado uma carta de despedida, dizia ela que não mais o veria, estava doente e em estado terminal, muito provavelmente estaria morta quando o namorado recebesse a carta. Pobre moça, o namorado nunca recebeu o recado e o 'ladrão' olhou, deu atenção por alguns dias, mas logo se atentou a outro caso. Simplesmente faleceu sem os pêsames merecidos ou não de um alguém que pra ela era importante.

Tragou a solidão ao ler companhias estranhas, mentiu pra si mesmo ao dizer ter amigos que nunca souberam quem ele era, chorou copiosamente muitas noites com contos de um ser sozinho que lia cartas de outros, se viu num bando de papel que queimado seria num acidente causado por uma panela no fogão e um envelope leve que flutuou da mão e caiu no fogo, suficiente pra desencadear um incêndio em toda a casa já que era tudo papel, onde se olhava via choros e risos de gente, que nunca chegaram onde queriam chegar.

Quase como indigente falece mais um curioso, que lia a vida sem se preocupar em escrever a sua.

sábado, 4 de julho de 2009

Juntamente Separado

Segues-me distante de um perto consigo.
Te vejo, desejo de um longe bem perto.
Se sinto, desminto num claro horizonte.
Não ser só de perto um bom desatento.
Querer ver de novo a flor no cabelo.
Deitar frente ao filme, no quente do abraço.

Parar, ouvir e pulsar junto.
Próximo...
junto...

Da flor que nasce e floresce
Do suor lascivo que desce.
Do dia que nunca se esquece.
Da palavra repetida em prece.
Do que junto....
Próximo....
CRESCE.

Juntamente separa.
Prontamente cê para.
Novamente repara
Loucamente dispara.

Próximo...
Junto...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Indica-me que sonha em paz



Rafael Ribeiro Silva

Simplório beijo de canto de boca no canto do rosto, tocando de leve lábios de nuvem, limpando no fundo o peso breve de uma consciência leve.

Ingénuo abraço ténue de todo o forte e grande braço, se une ao d'outro lado e juntos formam um só laço. Forte, firme, contraditório com a beleza leve do toque que sente na pele.

Guerreiro foras o qual evitou a luta, o sangue e a guerra. Dormiras sobre um travesseiro atravessado d'um pobre e surrado sonhador de prateleiras sujas.

Quando acordar verá que seu mundo em guerra segue, mas que pode sonhar sem medo, pois essa guerra não é sua.

Indica a quem sonha que o sono acabou, mas o mundo leve de brisa suave segue nos cantos de bocas e braços firmes.

Viraria um lenço branco pra dizer que estou em paz.


sábado, 30 de maio de 2009

No próximo pulsar de ponteiros

Na próxima semana que um dia se vem, quem sabe por nunca, talvez não se vá, por pensar que se foi, veremos, verá que o dia que passou por sete vezes, simples semana virou e apenas dispensa tanta conta, contando apenas semana simples.

Aro de relógio no pulso, pulsando forte conta que batidas de ponteiro multiplicam os batimentos, prediz que na semana passada vos disseram o futuro, sete dias atrás viu que nesse exatomomento largaria sua vida num calendário fictício e despertaria pr'uma vida cheia de tempos indefinidos, passados futurísticos e presentes em embrulhos simplórios.

Saudoso foi o tempo que a sujeira limpava a barra de tudo, lembrava de quando o coração pulsava forte, era só por correr horas e não por olhar segundos, hoje conta muito mais pulso, leva muito menos tempo e sangra muito mais dor sempre que lembra correr horas e dias sem fim, correr de nada que o futuro não trouxe, correr de um sonho pesado, diferente de quando o sonho fora real, simplesmente dias sem dormir e sonhando abertamente os olhos de outros.

Na próxima semana que se passar, será semana passada e hoje será presente até o minuto seguinte, lembrará daquele momento como que pedindo voltar no tempo, parar a cena e esperar que o "sim" perdure até o real dia de resposta, até o relógio girar e o pulso acelerar de um modo que nenhuma resposta será ouvida e loucamente dirá que estará vivendo o mais feliz tempo de uma vida sem pressa.

Afeiçoado com o tempo, divergiu a quantidade de sussurros e sibilou um conto de naves e nuvens, desmentiu um caminhante que ousou questionar que horas era, o danado falou que o tempo num passaria, que ele esperaria em vão por aquele sonho de correr com pés de pequeno.

Pensando não saber do que falei, fecha bem os olhos, conta até dez e olha a sua frente. Se vê um relógio tentando te dizer que está andando o tempo, acredite. É devagar, mas chega.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Bruna Cristina Seabra

Mais uma criação de uma grande amiga que concordou em dividir conosco.
Mesmo esquema, elogios, sugestões, criticas e mais elogios no comentário ou via email que eu repasso.

TEXTO DE: BRUNA CRISTINA SEABRA


A distância entre nós exite sim, não tem como negar, pode ser pequena mais é real, acredito que ela seja somente uma barreira para nos capacitarmos,e assim descobrirmos se realmente somos o que ambos desejam.
Saudade;
Quem inventou não sabia aonde podia chegar o sofrimento, entre nós é pequena, porém cada segundo longe é doloroso e isso não tem como negar.
Lágrimas;
Elas insistem em cair contra nossa vontade, as vezes serve para tentar aliviar a ausência, ou lembrar que mesmo existindo a distância o amor é real.
O Reencontro;
Ahhh! Existe momento tão bom e tão mágico quanto esse?
Nesse momento os beijos são mais doces, os abraços mais quentes.
Meus olhos procuram os seus, e meu corpo extremesse ao ouvir você dizer a frase " Eu Te Amo"
A Despedida;
Momento triste e tão previsivel, bate aquele sufoco, da vontade de gritar ao mundo o quanto eu te amo, e assim deter que você se ausente, mas sei que nada que eu faça irá adiantar, Alguns momentos pense que a distância chega a ser injusta, mas infelizmente isso não somos nós que escolhemos, então nos despedimos e aguardamos o proximo reencontro, assim torcendo para que o destino não nos afaste mais ainda.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Bela lua fria

Denso, tenso, penso, crio e penso,
tenso, no denso e frio mundo escuro das luas novas
que não se vão em vão.

Preso fico no escuro perpétuo
da fase sem brilho de um astro feminino
que escondido fica por trás da Terra,
surrupiando de olhos reais
a visão mais bela do astro luzido flutuante
que amarrado por um barbante
gira e muda fase de tempos em tempos.

Encontrar-se-ão no jardim de lua cheia,
seguirão secretos por um sempre com fim marcado.
Majestosa lua nova sem brilho,
cresce crescente,
mingua minguante,
reluz cheia de brilho de prata
e mostra que nada é mais belo que a lua.

No dia que seu sol brilhar
mais forte que a luz da lua,
seu eclipse será completo e
a escuridão da solidão
será luz na noite fria
que de inverno à inverno
te congela o coração.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Retomando um antigo projeto meu, abro esse humilde espaço visto por poucos para divulgar, homenagear e prestigiar outros poetas, contistas e amigos.
Iniciarei com um texto ainda sem título de uma amiga. Por motivos lógicos não colocarei aqui o email, nem endereço, muito menos telefone da mesma, mas caso queiram parabenizá-la por esse maravilhoso texto me usem como mediador, sentirei-me honrado em representar-lhes.
Já enrolei demais, vamos ao que interessa.

TEXTO DE: Thayline Francielli Garcia Lamas

Dentro da cabeça pensamentos voam
Perdidos sem saber por onde começar
Meu coração só quer chorar
Percebo que é inútil tentar resumir em algumas palavras,
aos poucos durante nossa vida juntos,
dedicarei versos, frases,
cartas e poemas só para ti.
Minha satisfação em viver é lhe ver sorrindo...
Não sou poeta sou apenas um louco...
Louco de amor
que escreve repetidamente a mesma frase em um mesmo conto...
“Eu te amo"

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Doce vida doce

Sonhaste com isso por uma vida desde os últimos segundos da vida, seguinte recém passado, singelo embrulho fechado, doce. Simplesmente doce.

Seria simplesmente vida, nada mais que doce vida, vivida, obscura com seus mistérios, brilhante com suas alegrias, longa vida, leve longe o doce que senti quando enfim vivi. Doce, simplesmente doce.

Precisaria provar que menino que não dorme a planejar pra ver sonhar e fez do som do sono denso planos pra vida doce de um sempre que um dia se achegaria e quem sabe nunca acabaria, doces planos,simplesmente doce.

Amargura meia, branco como dentes de leite, brigava com tudo pra que pudesse enfim dizer plenamente certo que o presente não é, o presente já foi e o futuro será. Se o amanhã não chega o agora não existe, só de sonhos e memórias vive um ser, seja qual for o seu, não importa que doce queira, viva docemente querendo a barra da vida com ou sem recheio, com ou sem castanha, com ou sem bombom, doce vida de chocolate. Simplesmente doce.

sábado, 11 de abril de 2009

Balançam par de pés

Quatro é par. Par de dois mais par de dois. Pares de juntos, balançaram como ímpar, caminharam separados, mas encontraram-se e sacudiram beira a rua do tempo como se par, tempo ou espera não existissem.
Belos quatro pés. Via-se de baixo só os quatro, não conseguindo distinguir a que pertenciam tais pares. Dava-se a impressão estranha de serem de um só ser.
Balançados, balançantes pés. Enfim juntos viam do alto tudo o que passou, terra, tempo, mundo, mudos seguiam os pés a espera que o foco saísse deles e pudessem retomar a caminhada rumo sabe-se lá onde com destino ainda incerto, mas com a certeza que seriam dois pares caminhantes e balançantes que juntos balançariam felizes para sempre.

Chora pé triste, junto ao meu ri
Grita pé feio, canta breve que sou seu pé
Chora pé, na beira do rio.

Porque o sapo não lava o pé
não lava porque não quer,
ele mora lá na lagoa
não lava o pé
porque não quer.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Estranha, sem nome

Adjetivo sem objetivo,
sinceridade chama.

Sem esforço algum apresenta,
representa,
iludi sorrateiramente tudo o que é mente,
pensa que pensa,
acha que sente,
brinca e sorri.
Alegre, contente.

Estranho é, querer nome dar.
Estranho seria, apelidar nome sem nome.
Diga um substantivo próprio
pra simples cena de crime.
Acusa sem prova,
injustiça, cometa.
Nessa velocidade tudo muda
num piscar de astros,
olhos passam voando pelo céu.
Cometas, olhares, Lua, lugares,
astros com luz própria
que brilham na Terra ou no ar.
Iluminando sem nome
Todos que prezam a belo estranho viver.

domingo, 15 de março de 2009

TRISTE VENTO, SOPRA LEVE

Foi o vento que triste virou sopro, pois vento masculino é, insiste em ser forte para impressionar a bela árvore que calma recebe brisa nas folhas.

Confuso vento, segue a soprar sentindo que um dia conseguirá encantar aquela pela qual por anos vem jogando seus melhores esforços, dilatando para todos, sem medo de mostrar todo seu poder, sem pudor de demonstrar sua intenção para com todas as folhas da bela, grande, sabia e por que não insistir, bela árvore.

Nascida foi a anos na beira de um lago que aos poucos secou-se, despercebida pelo tempo ficou até que um dia o vento a achou, calada pois era, não mostrava gostar dos presentes soprados pelo vento, mas ainda vivia sem pedir que ele parasse e a deixasse viver naquela extinta margem.

O vento seguia confuso, não sabia mais o que pensar. O que poderia ser surpreendente para a árvore a ponto dela ao menos esboçar alguma reação? Negativa ou positiva, o vento precisava de uma certeza dentre todas as dúvidas que permeavam cada sopro durante o dia.

Decide-se cansar de tanto soprar, largaria toda sua juventude, sopraria toda sua força para aquela linda árvore. Assim fez, soprou de um lado para o outro por dias, feito louco tonto soprava sem parar, até que seus esforços se confrontaram numa força sem igual, um girar de ventos canalizados num grande furacão de sentimentos soprados pelo vento, girava bonito, mas por onde vinha passando levava junto tudo, chegando perto da árvore, tal vento parou e disse "O que achas minha linda ? Impressionada ?". Pela primeira vez o saudoso vento ouviu algo daquela árvore (linda) "Sim, estou muito surpresa e feliz. Sinto que me levará a vida e não mais sofrerei a ausência daquele que tanto amei."

Atordoado, essa é a definição exata para o que o vento sentiu ao ouvir aquela voz angelical, não entendeu o que ela queria dizer, mas antes que ele tentasse entender a árvore prosseguiu com o agradecimento e contando sua breve história, "Vivia perto daqui na copa de minha mãe, cresci observando do alto o belo lago que aqui reinava, quando enfim pude me desprender da minha mãe, fiz questão de me alocar aqui para apreciar a beleza daquele que amo desde o inicio, deitava folhas sobre tua face, beijava sementes e cheiros por suas gotas. Não fosse ele ter morrido, estaríamos juntos até hoje. Mas agora veio o senhor me aliviar dessa dor, me levará e um dia tenho certeza que viverei novamente junto ao meu amor."

O vento engoliu por instantes o grande furacão, mas amava tanto aquela árvore que a arrancou com toda sua força, derrubando-a sobre o solo que vivia o lago. Em prantos ficou o vento, mas sabia ter feito a coisa certa.

Percebeu que quem ama árvore bela deve saber quando a derrubar, quando a deixar crescer e quem sabe até quando aceitar folhas ao rosto.
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Não busque sentido por aqui.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Cara amarela.

Viajando num submarino amarelo,
sonhando com um mundo mais belo
E sentado numa cadeira giratória.

Amarelo ficará sua rosto, quando acordar e perceber que seu quintal está mais sujo que o do senado, que seu quarto está mais bagunçado que a Casa Branca e que sua vida não mudou nada desde que você percebeu que o mundo é extremamente feio.

Tinta da vergonha que já fora vermelha, mas que hoje pintam amarelo, pois a vergonha do seu quintal acabou com a tinta do mundo. Viajar em pensamentos, sonhar que pode voar e fugir do caos na terra, pode ser bonito, mas não é nem será real.

Encare com sua cara amarela de vergonha seus problemas e limpe seu quintal imundo, organize-se e delicia-se com um novo verde grama a frente de sua porta.

Limpei o meu e vejo o seu ainda extremamente sujo. Seu sem vergonha! Cara amarela!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

FORÇA

Com choro, sem sorriso, com apelo nos olhos o menino acorda e enxerga no espelho um rosto sofrido de uma noite mal dormida que jamais esquecerá.
Resultado de dias de sorrisos, brincadeiras e noites muito bem dormidas graças a graça de ter alguém que se importa contigo.
Quem diria que esses dois casos um dia se confrontariam e mostrariam que toda aquela alegria vivida, um dia te obrigaria a parar e acordar com o tal choro no rosto ?

O mundo dividiu-se desde o inicio em físico e abstrato. Físico é tudo o que podemos tocar, como um abraço, um beijo, um carinho (apesar desse ser abstrato também). E abstrato é o que sentimos ou o que não podemos tocar, como o frio, o calor, o carinho, amor, amizade, etc.

O Mundo físico infelizmente sempre acaba um dia, e mesmo sabendo que esse dia chegará, nunca estamos preparados para ele, tristeza (abstrato) domina o mundo físico e transforma sorriso em lágrima e o tão gostoso abraço em uma vaga lembrança que entristece, pois percebe que esse carinho físico acaba de ir-se pra sempre.

Mas o abstrato segue onde sempre esteve, apesar de adormecido por esses breves momentos de perturbação extrema entre físico e abstrato. Por isso não esqueça.

Seja onde for, seja como for. O carinho, amor, calor, amizade e todos os outros estarão sempre contigo e por isso todos somos imortais na lembrança de uns e outros.

Imortais sim, vivos pra sempre em mentes ocupadas por lembranças boas que fortalecem quem fisicamente ficou com o abstrato pra sempre.

FORÇA.

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Homenagem póstuma à Lani, estará sempre conosco. Sentimento não morre.

.....

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tá ficando doido ?

Doido ?
jamais, doideira depende muito do ponto de vista. Visto de dentro pra fora, somos todos doidos.
A loucura é achar que estou doido, sempre que me olho no espelho. Maldito espelho que reflete sempre o mesmo louco varrido, de cabelo escorrido pela água do banho que ainda escorre pelos cachos de um cabelo liso.

Cantaste feito louco sempre que ouvira ou lembrara algo que te fez feliz. Ainda como um demente cantou também ao ver como um espectro a cena de uma despedida, triste foi, mas foi.

Rindo da loucura alheio sem olhar no próprio peito, sem sentir que ser louco é bom, sem viver a loucura do dia, vivendo apenas as dores de uma mente sã.

Be Crazy, be happy.
Normal é ser anormal.


Dedico esse texto à ninguém, pois estou doido pra correr rua abaixo sem pensar na queda da bolsa da senhora gorda.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A cabeça dentro da cabeça

Um bando de extremistas loucos, uma multidão de desnaturados conservados em natura pelo tempo que maltrata a face de todos, por isso os não tão bem conservados se rebelam e criam no [sub]consciente da sociedade o maldito 'padrão'.

O que era belo aos olhos do tempo passa a ser feio quando visto pelo espelho, a aparência ganha a luta contra a consciência e perpetua uma inteira geração a viver sem cérebro por muito tempo, castrando a habilidade de raciocínio e louvando a futilidade e inutilidade de todas suas armas.

Super heróis seriam todos os que resistem ao padrão e vivem felizes por pensarem bonito, mesmo que ninguém veja.

Os padronizados, modelados, alienados e muito outros 'ados' que lhe perseguem sorrateiramente dia após dia tentando de todo jeito escravizar a todos que insistem exercitar a mente.

O 'padrão' não pensa, o 'padrão' não sonha.
Vive a vida com sorriso, mas se esconde com vergonha.
Anda belo. Pé após pé
Mas, mal sabe que o que interessa é a cabeça.
A CABEÇA DENTRO DA CABEÇA.


"Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles."

***Buh, sei que tem pouco a ver contigo, mas lembrei de você. Obrigado por tudo. Te amo menina;


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

GRANDE GONZAGUINHA

Levanta, levita, suspende e surpreende.

"Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz..."


Caro amigo Gonzaguinha,
ouse e procure não ter vergonha de ser triste, pois assim alcançará com facilidade a tão buscada felicidade que se orgulha tanto em ter aprendido.
Apesar de vivermos em épocas distintas eu também fico Com a pureza Da resposta das crianças, só essa enxergam que a vida é realmente muito bonita.

Mas insisto que ouse no passado mude sua letra e cante alegremente a tristeza dos que ainda não aprenderam a viver a realidade, dos que ainda sofrem pela falta de comida, dos que clamam por carinho e atenção, dos que tem tudo isso mas vivem de sonhos que nem sabem o quão reais podem ser.
Cante, Grande Gonzaguinha.

Simplesmente leia e não se identifique como sendo triste merecedor dos versos contrários e felizes de Gonzaguinha; Leia, reflita e depois disso reflita mais um pouco.
Simplesmente pense que a vida apesar de feliz e bonita, pode também ser triste sem deixar jamais de ser bonita, porque o mais importante é entender a beleza de ser um eterno aprendiz.

"Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...

Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor."


Viver.
Triste ou feliz sabendo
que nada é pra sempre,
entendendo que belo é viver.
Entendeu?

"E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita..."

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sou. Sabe-se lá o que

Na mente confusa do que vos narra, desperta por horas códigos, letras, frases com e sem crase que sinto ninguém entender. Sabe-se que é português, entende-se até a terceira linha, mas depois de várias idas e vindas, apenas bonito fica a confusão que vira a folha em branco.

Escritor, inventor ou talvez um simples impostor que sorrateiramente emplaca idéias em cabeças vazias que vagam em busca de um nada pra se ocupar. Acham no nada narrado pela confusão, cartas jogadas no meio de uma só, encontram recados particulares em frases públicas e dedicam o que de ninguém pertence como sendo seu.

Sabendo que esconder tesouros e segredos em arcas já está mais que manjado, surpreende e coloca tais preciosidades por entre letras de muitas vidas, já que muda a cada qual que procura sua própria riqueza.


Por seguir um canário, voa imagem na imaginação do narrador.
Por estar no cenário, atua como fosse um belo ator. (e sou ao menos belo)
Por confuso ainda ser, procura o que define num grandioso dicionário.
Mas lá não me acho. Vou seguir a tentar;

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Impostores (somos ?)

Imposições de grandes verdades contadas através de virgulas sem fim e palavras invertidas e complicadas que confundem a ignorância, invadem sem permissão nenhuma as mentes desocupadas que procuraram informção útil, porém não imposta.
Assim vive o [sub]mundo dos Filosofistas de classe seja qual for, que insistem em impor aos poucos idéias estranhas, porém bem desenvolvidas. Talvez eu esteja no caminho desses que ainda sem permissão invadem mentes ignorantes, por isso por ainda ser aprendiz desses humilhantes impostores, me despeço em curtas linhas, com medo que esse vírus seja real e eu tente convence-los a pular da ponte pra mudar o mundo com a mensagem do seu sangue no asfalto da Marginal.


VEJO NUM PRESENTE PRÓXIMO MUITOS NIETZSCHES, ARISTOLESES, PLATÃOS, SÓCRATESES, ETCs
Principalmente os Etecétaras, cuidado com eles !