sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

MONSTROS LITERAIS


Esse muro branco fingido, olha por dentre os furos de um tiro que coloquei de longe, com calma, carinho, um toque leve de aço forte. Livra a cor dos olhos teus que olham por tal furo em busca de um olhar, nem que distante, mas que mire o mesmo que tu, que ligue depressa a linha do Equador ao dito Meridiano de um senhor cujo nome recuso mencionar.
Nem me sei se por dizer-te em prosa meio que rimada, tentar levar-te pra um mundo de sonhos e verdades inventadas, seguir sonhando viver pra todo o sempre um tanto bem feliz, bem maior que música de gente grande. Se pegar na minha mão te voo comigo por um céu verde casa, com estrelas que brilham brancas e passarinhos azuis de um Royal sem igual, um marinho bonitinho.
Se vistes aqueles monstros infantis que um dia lhe contei, se fostes atrás para ver d'onde vinham, com certeza percebeu que tudo o que ouviu era verdade e que os tais monstros medonhos de ver, eram simples e mais sonhos que usei pra perto de ti chegar. Foram eles que lhe mostravam que na rede desse ser podia sonhar sem medo, que brasileiro de verdade não desistiria e que essa 'luta' tinha uma real motivo. Que veja nos monstros o que realmente são, que sinta neles a real extensão do que senti nesse tempo, peço-lhe encarecidamente que disperse a conversa ouvida da mente, nada mais terá graça se souber sempre que a surpresa é monstruosa e que sim, somos todos enganados por sonhos de uns e outros.

Se não queres ler de monstros criados por um doutor metido à rei, despreze-me, jogue-me fora intacto e sem amasso. Dê-me a chance de ser lido por um monstro desempregado, quem sabe assim consigo mais um pra trabalhos agradabilíssimos e muito bem remunerados. Viver de sonhos monstruosos, com monstros literais.